
"de manhã escureço
de dia tardo
de tarde anoiteço
de noite ardo
a oeste a morte contra quem vivo
o sul cativo
o este é meu norte
outros que contem passo por passo
eu morro ontem
nasço amanhã
morro onde há espaço
meu tempo é quando"
vinícius de morais
toda de branco, Bathânia entrou no palco fazendo jus a fama: uma presença de palco indescrítivel hipinotiza a platéia e a torna linda, podem acreditar. segundo seu companheiro de trabalho, que agora o nome me escapa à memória, Bethânia chega e desafina todos os instrumentos com as vibrações que emite sua natureza sobre-humana.
o repertório contou com canções clássicas, outras inesperadas, poemas e homenagens que ela declama como ninguém.
palmas também para a direção de Bia Lessa, que não podia nos decepcionar (é só ela pôr um dedinho e pronto!). o cenário mutante e criativo deu a dinâminca nescessária ao espetáculo envolvendo a cantora de muito bom gosto e competência.
Maria Bethânia ocupou não só o palco do canecão, mas todos os espaços entrabertos dos fiéis espectadores que esperaram ansiosos, debaixo de chuva, por esse encontro.
posted by jusicuro