do insondável mistério dos eternos ex namorados
Finalmente, Juliana me deu uma boa idéia para um post.
O que dizer dessa estranha interação entre nós e aqueles que já foram mas sempre voltam, impreterivelmente? Ainda estamos na semana dos temíveis valentines e, portanto, precisamos falar deste abusurdo da sintaxe que são os ex-namorados.
Na minha história amorosa, defino fundamentalmente dois, mas, caso os critérios fossem expandidos, poderia localizar no mínimo 4 namorados. Cada qual, obviamente, provocou sobre a minha pessoa e durante um tempo considerável uma sombra fantástica que opacou, nas devidas proporções, a minha própria imagem. Difícil recorrer à personificação da típica mulherzinha, principalmente quando teoricamente me espelho em grandes figuras femininas, mas foi de fato o que ocorreu. Os homens sempre tiveram esse lastimável efeito, como se me engolissem quase inteira e eu fosse então deglutida pela metade. Fica parte do outro em mim e do que eu era não se sobram resquícios.
E como o processo se repetiu seguidas vezes, muitas das quais sem nenhum ou quase nenhum espaçamento temporal, restou apenas uma figura fragmentada com olheiras impactantes.
Como se não bastasse a definitiva perda, percebo uma dependência inelutável foi criada. Por mais que o tempo passe e os laços vão fading away, não consigo desconstrir as metades partidas que deles ficaram em mim.
Será que este é o destino de toda relação amorosa? Essas permissivas trocas definem a nós mesmos, gradativamente e no longo prazo?
Ou, quando um namorado se torna ex, automaticamente o ex anterior deveria tornar-se fumaça e fuligem? E por extensão infinita, finalmente todos tornar-se-iam nomes e por conseguinte palavras?
E, então, palavras estas repetidas sem cessar perderiam o significado?
O que dizer dessa estranha interação entre nós e aqueles que já foram mas sempre voltam, impreterivelmente? Ainda estamos na semana dos temíveis valentines e, portanto, precisamos falar deste abusurdo da sintaxe que são os ex-namorados.
Na minha história amorosa, defino fundamentalmente dois, mas, caso os critérios fossem expandidos, poderia localizar no mínimo 4 namorados. Cada qual, obviamente, provocou sobre a minha pessoa e durante um tempo considerável uma sombra fantástica que opacou, nas devidas proporções, a minha própria imagem. Difícil recorrer à personificação da típica mulherzinha, principalmente quando teoricamente me espelho em grandes figuras femininas, mas foi de fato o que ocorreu. Os homens sempre tiveram esse lastimável efeito, como se me engolissem quase inteira e eu fosse então deglutida pela metade. Fica parte do outro em mim e do que eu era não se sobram resquícios.
E como o processo se repetiu seguidas vezes, muitas das quais sem nenhum ou quase nenhum espaçamento temporal, restou apenas uma figura fragmentada com olheiras impactantes.
Como se não bastasse a definitiva perda, percebo uma dependência inelutável foi criada. Por mais que o tempo passe e os laços vão fading away, não consigo desconstrir as metades partidas que deles ficaram em mim.
Será que este é o destino de toda relação amorosa? Essas permissivas trocas definem a nós mesmos, gradativamente e no longo prazo?
Ou, quando um namorado se torna ex, automaticamente o ex anterior deveria tornar-se fumaça e fuligem? E por extensão infinita, finalmente todos tornar-se-iam nomes e por conseguinte palavras?
E, então, palavras estas repetidas sem cessar perderiam o significado?

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